quarta-feira, 3 de junho de 2009

Out of order

Eu estou meio fora de operações, depois de 3 dias de enxaqueca metade dos meus neurônios se foram e os que ficaram emburreceram.
Mas existe a paz que vem quando a dor se vai, deve ser a mesma sensação de conquistar o Everest, uma exaustão e uma alegria infinitas.
Eu sofro com essa dor desde os 5 anos, tenho uma imagem bem nitida(a nitidez de quem não consegue abrir os olhos na claridade) de uma festa na casa de meus tios, e eu não encontrando a minha mãe, aliás eu a confundi com uma das minhas tias. Foi a primeira crise...
Todos os sentidos estão ligados no máximo, todos os sons são altos, toda claridade é demais, todos os sabores estão estragados. Mesmo cansada não consigo dormir, e se consigo não descanso. Não se vive quando ela ataca.
Quando se é finalmente diagnosticado como enxaqueca, entenda que foram esgotados todas as ressonâncias e eletros, é quando realmente não se encontra nada fisico, ela pode ser considerada uma reação do corpo a alguma agressão. Os tratamentos são todos paleativos, evitar que ela comece é o melhor remédio. Alimentação balanceada, fazer exercícios e não se estressar. Ainda, é claro, andar com uma farmácia na bolsa, a alegria do hipocondríaco, de analgésico, antinflamatório, anti-enjoo, relaxante muscular, remédios made in Brazil e USA, e na hora do desespero ainda compra um que o comprimido custa 20 reais.
E ainda tem gente que acha que é frescura, mas só o dono da dor sabe quanto dói.