sexta-feira, 8 de maio de 2009

Inês é morta….


Quero contar hoje a história de Inês de Castro, a moça dessa expressão popular, que define quando algo acabou e não tem mais jeito.
Nesse meu mundo de quase Alice no Pais das Maravilhas de funcionário de companhia aérea, a uns 3 anos fui a nossa terra mãe além-mar Portugal, uma terra adoravelmente macabra (Se tiver um tempinho entre no pai-google e digite- Capela dos Ossos em Évora - decorada por ossos humanos e com os seguintes dizeres – “Nós que aqui estamos por ti esperamos” - hehehehe).
Ah, Portugal, o melhor país que eu conheço para comer, ... lembro que cheguei lá com uma numeração de calça, e 6 dias depois já não cabiam mais, sendo que a última vez que usei foi quando visitei o tumulo de Inês em Alcobaça....
Bom, deixe-me contar a história .... Inês fazia parte da corte do rei Afonso VI, era aia da esposa de seu filho D Pedro ( que se tornou D Pedro I de Portugal, não se confunda). Essa paixão proibida fez com que o rei exilasse Inês, mas segundo diz a lenda, manteve correspondência com ele.
Pouco tempo depois, por forças do destino, Pedro enviuvou quando a esposa dava a luz ao seu primeiro filho. Assim que pode, mandou buscar a amada no exilio, e foram viver juntos em segredo.
Dessa união vingaram quatro filhos, e o rei Afonso VI começou a ficar muito perturbado, pois Pedro já tinha um filho legitimo, que se tornaria rei de Portugual depois dele, e por causa da ameaça a coroa quis acabar com essa história.Um dia aproveitando que Pedro tinha saido para caçar, o rei mandou matar Inês.
Pedro se afasta da corte, e poucos anos depois D Afonso morre e o príncipe se torna rei. Como primeiro ato informa que tinha casado em segredo com Inês, e que seus filhos com ela eram seu legítimos herdeiros.
E tem mais, exuma o corpo dela, manda vesti-la de rainha, faz a cerimônia de coroação e obriga toda a corte ( que o traiu quando era príncipe) a prestar fidelidade, isto é, a tradicional cerimônia portuguesa do beija-mão – em seu corpo em estado de decomposição.
Hoje Inês e Pedro estão enterrados frente a frente na catedral de Alcobaça, para que no dia do juizo final possa se olhar nos olhos.( Amei!!!!!!!!!!!!!!)
Eu amo essa história, e só para informar, a calça depois de 3 anos continua não servindo, mas ainda tá no armário, essa Inês ainda não é morta!!!!!!!!!!!!!!!



Um comentário:

  1. Sou louco pra conhecer este lugar sabia? Ja' vi em reportagens. Adoro este lado bizarro que alguns lugares na Europa tem...buuuuuuu'!

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